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terça-feira, 5 de novembro de 2013

O valor das coisas


Um sorriso inesperado.
Um abraço desejado.
Um amor correspondido.
Ver o por do sol no fim da tarde.
Um amigo pra todas as horas.
Um dia livre pra fazer tudo ou simplesmente não fazer nada.
Peguei papel e caneta e comecei a listar todas as coisas que  me dão prazer, a lista ficou bem longa. Depois que terminei de escrever comecei a ler o que tinha colocado, fiquei surpresa ao perceber que a maioria dos itens da lista eram coisas simples, coisas que recebemos de graça todos os dias, e que infelizmente muitas vezes acabava me esquecendo delas, por estar ocupada demais buscando coisas que na realidade nem são tão importante assim. Tenho a tendência de ficar preocupada, ansiosa, nervosa buscando muitas vezes um conforto irreal. Claro que não é errado trabalhar, estudar e lutar por um crescimento profissional e financeiro, afinal, dinheiro facilita muitas coisas, disso não tenho dúvida. Porém, cheguei a conclusão de que o dinheiro não é a fonte da minha felicidade.
Por mais  viagens que ele possa me proporcionar, ele jamais irá garantir que eu me divirta de verdade.
Com dinheiro posso até ter bons médicos, que é ótimo com certeza, mas isso não garante que eu não vá ficar doente nunca.
Ele pode me deixar cercada de pessoas, mas não me dá a certeza de que posso contar com elas.
Ele pode me proporcionar bons colégios, faculdades e cursos, mas não a certeza que aprenderei algo.
Com o dinheiro podemos comprar bens materias, empregos e até pessoas(acreditem!),mas nunca a certeza de que após termos tudo isso seremos felizes.
Não estou fazendo apologia a pobreza, e é claro que ter dinheiro ajuda bastante a vida nesse mundo capitalista em que moro, mas só o que não posso é me esquecer de viver por inteira, e deixar a vida passar diante de mim e não curti-la, por estar preocupada com ganhar sempre mais, mais e mais dinheiro, para consumir sem parar um bilhão de coisas que na realidade muitas delas nem são necessárias, só porque me dizem o tempo tudo  que devo consumir.
É lógico que ter uma segurança financeira faz bem e é importante, tanto é que, deveria ser direito de todos e não privilégios de poucos. Mas aprendi que não importa o quanto sejamos ricos ou pobres, coisas boas e ruins vão acontecer ao longo da vida.
O importante é o que somos e a maneira que decidimos encarar as coisas, o amor que temos a vida e o valor que damos a ela.
Pois  nosso anseio por ter, às vezes nos confunde e acabamos acumulando coisas que custam muito, mas não necessariamente têm muito valor. A vida fica mais rica quando aprendemos a compreender a diferença entre custo e valor e passamos a enxergar e valorizar as coisas do dia a dia que  não têm  preço.

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